top of page
05_IsabelDores-Retrato_edited.jpg

Isabel Dores nasceu no Porto em Janeiro de 1970. Actualmente vive e trabalha em Vila do Conde. É mestre e licenciada em Artes Plásticas - Escultura, pela Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto.

 

Na década de 1990 colabora na área da performance, como é exemplo o espectáculo multimédia D’Assumpção e Edgar Allan Poe, projecto do colectivo artístico LUVA, no Museu Amadeo Souza-Cardoso, Amarante, 1991. Desde então, o seu trabalho incide sobretudo sobre o peso que o corpo humano carrega e que faz pesar no Outro e no espaço. Recorre predominantemente ao tacto, ao gesto corporal, ao texto escrito e a matérias como metal fundido, gesso, madeira, mármore, cera de abelha ou tecido.

 

A sua atenção foca-se, actualmente, na problemática da dialéctica do corpo com os diferentes estados de vazio e as suas consequentes metamorfoses. Apropria-se do espaço do vazio tornando-o mensurável através do diálogo entre o corpo-próprio, da dualidade entre negativo/positivo e da relação do corpo com o objecto. O envolvimento crítico do seu trabalho levanta questões fundamentais como: O que é (não) Ser um corpo contemporâneo e de que modo os vazios o circunscrevem na sua condição de Estar? Até que ponto pode o corpo humano continuar a expandir-se e a fragmentar-se?

A exploração do seu trabalho envolve dinâmicas abertas a um colectivo de corpos colaborativos, através de acções performativas e da transitoriedade de matéria. Convocando a multidisciplinariedade dos corpos e respondendo à necessidade do toque, do gesto, da inscrição e do silêncio, destacam-se os projectos Oração Portátil, 2020-2022, e À Flor da Pele, 2021.

Os seus ambientes são, muitas vezes, habitados por instalações efémeras onde a acção, o tempo e o som são colocados em simbiose com a obra. Procura atrair o sensorial e a introspecção individual do espectador, recorrendo a matérias como o gelo ou a parafina reciclada, com destaque, mais recentemente, em Sem Ser Existimos, Porto, 2020, e Por Dentro, Por Fora, Espinho, 2020.

bottom of page