
Isabel Dores nasceu no Porto em Janeiro de 1970. Actualmente vive e trabalha em Vila do Conde. É mestre e licenciada em Artes Plásticas - Escultura, pela Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto.
Na década de 1990 colabora na área da performance, como é exemplo o espectáculo multimédia D’Assumpção e Edgar Allan Poe, projecto do colectivo artístico LUVA, no Museu Amadeo Souza-Cardoso, Amarante, 1991. Desde então, o seu trabalho incide sobretudo sobre o peso que o corpo humano carrega e que faz pesar no Outro e no espaço. Recorre predominantemente ao tacto, ao gesto corporal, ao texto escrito e a matérias como metal fundido, gesso, madeira, mármore, cera de abelha ou tecido.
A sua atenção foca-se, actualmente, na problemática da dialéctica do corpo com os diferentes estados de vazio e as suas consequentes metamorfoses. Apropria-se do espaço do vazio tornando-o mensurável através do diálogo entre o corpo-próprio, da dualidade entre negativo/positivo e da relação do corpo com o objecto. O envolvimento crítico do seu trabalho levanta questões fundamentais como: O que é (não) Ser um corpo contemporâneo e de que modo os vazios o circunscrevem na sua condição de Estar? Até que ponto pode o corpo humano continuar a expandir-se e a fragmentar-se?